quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Os quilombos sob a covid-19: subnotificação e necropolítica (Jornal NEXO-Políticas Públicas / Afro-CEBRAP)



[...] O total desconhecimento sobre a situação de impacto da covid-19 nos territórios quilombolas só começa a ser dissipado por iniciativa das próprias organizações políticas quilombolas em parceria com universidades ou organizações da sociedade civil. Como acontece nas periferias metropolitanas, trata-se de recorrer à lógica do “nós por nós mesmos”.[...]


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32a. RBA - GT 53 - Índios em cidades e cidades indígenas

 


32a. Reunião Brasileira de Antropologia, programada para os dias 7 a 10 de julho, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), em funçõ da pandemia de covid-19 foi tranferida para os dias 30 de outubro a 06 de novembro, em formato totalmente on-line.

GT 53- Índios em cidades e cidades indígenas


José Maurício Paiva Andion Arruti (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas)
(Coordenador/a)
Ricardo Ventura Santos (FIOCRUZ)
(Coordenador/a)

José Carlos Matos Pereira (CBAE/UFRJ)
(Debatedor/a)


Resumo: O tema da migração ou mobilidade indígena para centros urbanos, com as transformações cosmológicas, organizacionais e identitárias nele implicadas é matéria de interesse crescente na antropologia produzida nos EUA, na América Latina e no Brasil. Depois dos primeiros trabalhos sobre o tema na década de 1960, com Cardoso de Oliveira, e na década de 1980 com seus orientandos, o tema praticamente saiu da pauta da antropologia feita no Brasil, para só ser retomado duas décadas depois, em larga medida sob o impacto dos dados produzidos em escala nacional com a introdução da categoria “indígena” na lista de opções de auto-atribuição na pergunta sobre cor ou raça dos Censos Demográficos do IBGE de 1991, 2000 e 2010. Neles registrou-se não apenas um crescimento da população auto-atribuída indígena de praticamente 100% da primeira para a segunda década, como também que esta população estava dividida em proporções praticamente iguais entre áreas rurais e urbanas. Isso impulsionou tanto os estudos demográficos e etnográficos sobre indígenas em situações urbanas, quanto vem renovando o diálogo interdisciplinar. Este GT tem por objetivo reunir trabalhos sobre a situação dos índios em cidades, com a expectativa de construir um panorama sobre o tema, suas abordagens e pautas de trabalho.

Organização: A primeira sessão agrupa os textos mais diretamente associados ao tema da mobilidade. Na sua organização interna, abrimos com os dois textos do bloco que abordam o tema de forma menos etnográfica: o primeiro deles de uma forma mais conceitual, que busca pensar indígenas nas cidades amazônicas desde um diálogo com a sociologia da Escola de Chicago; e o segundo de uma forma histórica, que refaz as políticas de exclusão indígena dos processos de urbanização na Amazônia. Os demais textos são etnografias sobre as situações de mobilidade. Os dois seguintes abordam a mobilidade para a cidade: um sobre o transito multiétnico entre aldeias do Alto Solimões e a cidade de Atalaia do Norte (AM); o outro sobre os trânsitos kaingang entre seus acampamentos e a cidade de Ponta Grossa (PR). Finalmente, fechando o bloco, temos duas etnografias sobre as migrações indígenas internacionais: dos warao, da Venezuela para Boa Vista (RR), e dos aymaras e quéchuas, vindos do Perú e da Bolívia para São Paulo (SP).

A segunda sessão agrupa abordagens etnográficas diversas sobre a presença indígena em cidades. A sessão tem início com duas etnografias sobre uma mesma situação de reterritorialização indígena em plena cidade do Rio de Janeiro, a aldeia Maracanã (Maraka'nà). A seguir, temos duas etnografias sobre situações de contiguidade espacial entre aldeia e cidade, uma no Alto Xingu, com foco na relação entre o Território Indígena do Xingu e a cidade de Canarana (MT), a outra no Médio-Alto São Francisco, com foco na Terra Indígena Xakriabá e e comunidades vizinhas. As duas apresentações que fecham esta sessão abordam mais especificamente esta relação aldeia-cidade por meio de práticas econômicas: uma abordando as relações comerciais e de consumo dos apinajé em Tocantinópolis (TO) e a outra abordando a prática do porarõ dos mbya na cidade de Porto Alegre (RS).



Programação


GT 53 - Sessão 1 (03/11/2020 das 13:30 às 16:30)

Local: Sala GT 53
  • 1. Tatiane de Cássia da Costa Malheiro (IFPA)
    Políticas indigenistas na produção do urbano Amazônico
    Resumo: As políticas de aldeamento condicionadas aos povos... Veja mais!

  • 2. José Carlos Matos Pereira (CBAE/UFRJ)
    A cidade, o étnico e o indígena
    Resumo: O debate acerca da questão étnica na cidade não é ... Veja mais!

  • 3. Rodrigo Oliveira Braga Reis (UFAM - Universidade Federal do Amazonas)
    Das “aldeias” à “cidade” e da “cidade” às “aldeias”: mobilidade, política e presença indígena em Atalaia do Norte-AM
    Resumo: Esta comunicação parte da reflexão sobre um recens... Veja mais!

  • Aila Villela Bolzan (UFPR - Universidade Federal do Paraná)
    Olhares sobre o wãre: acampamentos temporários Kaingang em Ponta Grossa-PR
    Resumo: O olhar sobre a circulação e permanência de famíli... Veja mais!

  • 4. Marlise Rosa (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro), Pablo Quintero (PPGAS/UFRGS)
    Entre a Venezuela e o Brasil: algumas reflexões sobre as migrações Warao
    Resumo: Provenientes da região caribenha do delta do Rio O... Veja mais!

  • 5. Cristina de Branco (CRIA)
    Presenças, paisagens e atuações aymaras e quéchuas imigrantes na cidade de São Paulo
    Resumo: Atendendo à complexidade étnica das populações imi... Veja mais!


GT 53 - Sessão 2 (04/11/2020 das 13:30 às 16:30)

Local: Sala GT 53
  • 1. Bruno da Silva Rangel Francisco (UFF - Universidade Federal Fluminense)
    Associativismo indígena urbano e a parentalidade política: notas sobre a Aldeia Maracanã.
    Resumo: O último Censo do IBGE trouxe à luz a presença ind... Veja mais!

  • 2. Camila Pimenta Craveiro (UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), Rodolfo Liberato Noronha
    Espiritualidade indígena e ação política como bem comum: um estudo de caso sobre a Aldeia Maraka'nà
    Resumo: A Aldeia Maraka’nà ocupa o terreno do antigo prédi... Veja mais!

  • 3. Amanda Horta (Museu Nacional)
    “Aqui não é aldeia”: por uma perspectiva indígena e citadina da cidade de Canarana
    Resumo: Partindo do material de minha tese de doutorado (H... Veja mais!

  • 4. Heiberle Hirsgberg Horácio (UNIMONTES - Universidade Estadual de Montes Claros)
    A Terra Indígena Xakriabá Rancharia e as dinâmicas/fronteiras/espaços limítrofes com uma comunidade não indígena
    Resumo: O povo indígena Xakriabá que habita a Terra Indíge... Veja mais!

  • 5. Wellington da Silva Conceição (UFT - Fundação Universidade Federal do Tocantins), Ilana Morais de Sousa
    O cliente Apinajé: Um estudo sobre as relações sociais de consumo entre indígenas e não indígenas em Tocantinópolis-TO
    Resumo: Nesse paper apresentaremos os primeiros resultados... Veja mais!

  • Amanda Alves Migliora (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro)
    Sobre silêncios e contentamentos: uma reflexão sobre a presença Mbyá Guarani no centro de Porto Alegre.
    Resumo: Este trabalho enfoca os agenciamentos e dinâmicas ... Veja mais!