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sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Mérito Científico PIBIC: Um olhar sobre indígenas em universidades privadas, de Rafael Novais







Prezado(a) Prof(ª). Dr(ª) JOSE MAURICIO PAIVA ANDION ARRUTI
IFCH
C/c. Aluno(a) Rafael Rocha Novais

A Pró-Reitoria de Pesquisa da UNICAMP tem o prazer de agraciar com Mérito Científico o trabalho "Um olhar sobre indígenas em universidades privadas: aproximações a uma maioria “invisível"" apresentado pelo(a) aluno(a) Rafael Rocha Novais (em cópia) e desenvolvido sob a orientação de V.Sa. O referido trabalho foi avaliado como um dos 20 melhores trabalhos de Iniciação Científica apresentados durante o XXX Congresso de Iniciação Científica da Unicamp.

A Pró-Reitoria de Pesquisa congratula V.Sa. e o(a) aluno(a) pela distinção obtida por seu trabalho junto ao referido Congresso.

Enviaremos os certificados de Mérito Científico diretamente aos orientadores responsáveis, via malote da Universidade.

Como informado anteriormente, haverá uma premiação em espécie, no valor de R$3000,00 (três mil reais, bruto) aos alunos agraciados com Mérito Científico durante o evento; deste valor serão descontados os impostos devidos. O depósito deste valor será realizado no mês de janeiro de 2023.

[...]

Na oportunidade, renovamos-lhes os protestos de estima e consideração.

Atenciosamente,

Prof. Dr. João Marcos Travassos Romano
Pró-reitor de Pesquisa
UNICAMP



sábado, 6 de novembro de 2021

XXIX Congresso de Iniciação Científica da UNICAMP: Conflitos territoriais quilombolas como tema fundiário 2016-2022 (Alexander Lucas Pereira)

Conflitos territoriais quilombolas como tema fundiário, sociocultural e de segurança pública: levantamento e sistematização de dados para o período 2016-2022 (Brasil)

Vol 4 2021 - 136659

Resumo


A conjuntura aberta depois do ano de 2016 tornou-se desfavorável aos avanços no reconhecimento dos direitos quilombolas. Os recuos nas políticas públicas, a desarticulação das estruturas administrativas em órgãos como o INCRA e as iniciativas do executivo e do legislativo federais contra as políticas de reconhecimento da diversidade sociocultural tem levado à intensificação dos conflitos de terra em geral e nas comunidades remanescentes de quilombos em particular. Assim, os territórios quilombolas já não constituem apenas uma questão fundiária ou sociocultural, mas também uma questão de segurança pública, que tem exigido a intervenção da Justiça Federal, do Ministério Público Federal e estaduais, das Defensorias Públicas estaduais e da União, e mesmo de órgãos internacionais de Direitos Humanos. O objetivo deste projeto é realizar o levantamento, sistematização e análise dos conflitos envolvendo as comunidades quilombolas entre 2016 e 2021, em todo o país, de forma a identificar padrões espaciais, temporais e causais, arrolar os tipos de violência envolvidos nesses conflitos, as formas de atuação dos órgãos de Justiça e segurança pública, e, finalmente, indicar casos paradigmáticos para abordagens futuras. Isso sendo feito com base no recenseamento de notícias publicadas na grande imprensa e na imprensa alternativa especializada, que serão organizadas e categorizadas por meio de um Banco de Dados aberto ao compartilhamento com outros pesquisadores e agentes sociais.

Apoio/Financiamento da Pesquisa: PIBIC/CNPq


Para citar:
ALEXANDER LUCAS PEREIRA; JOSE MAURICIO PAIVA ANDION ARRUTI. Conflitos territoriais quilombolas como tema fundiário, sociocultural e de segurança pública: levantamento e sistematização de dados para o período 2016-2022 (Brasil). In: XXIX CONGRESSO DE INICIAçãO CIENTíFICA DA UNICAMP, 2021, Campinas. Anais eletrônicos... Campinas, Galoá, 2021. Disponível em: <https://proceedings.science/pibic-2021/papers/conflitos-territoriais-quilombolas-como-tema-fundiario--sociocultural-e-de-seguranca-publica--levantamento-e-sistematiza?lang=pt-br> Acesso em: 06 nov. 2021.





segunda-feira, 30 de novembro de 2020

XXVIII Congresso PIBIC-Unicamp: Panorama Quilombola: a pandemia de Covid-19 e os quilombos brasileiros

 

XXVIII Congresso {virtual} de
Iniciação Científica da Unicamp (2020)




Panorama Quilombola: a pandemia de Covid-19 e os quilombos brasileiros

Autor: Alexander Lucas Pereira - Universidade Estadual de Campinas
Orientador: JOSE MAURICIO PAIVA ANDION ARRUTI - Universidade Estadual de Campinas

A princípio, o “Panorama Quilombola” é um projeto que se busca monitorar e registrar fatos nos territórios quilombolas no Brasil nos últimos anos. Porém, com a pandemia de Covid-19, desdobrou-se este projeto focado no monitoramento e observação das questões quilombolas nesta pandemia que atinge o país em 2020. Metodologicamente, o trabalho se concentrou no levantamento e recolhimento de materiais, que tangenciassem acontecimentos sobre e em territórios quilombolas. Tais materiais eram, sobretudo, coletados no grupo de whatsapp intitulado Observatório Quilombola, composto por estudiosos e lideranças quilombolas de todas as regiões do país. Feita a filtragem dos materiais relevantes, estes eram organizados e classificados em um banco de dados, conforme diferentes classificadores. Cabendo ressaltar a construção em coletivo, com distribuição de atribuições com os pesquisadores Arruti e Cinthia, e encontros para discutir a produção do banco de dados e o que poderia ser extraído e produzido a partir dele. Foi muito interessante os encontros, na medida em que observávamos questões como a subnotificação, a ação da sociedade civil, a ausência do Estado, entre os pontos que podem ser extraídos do banco de dados.

Palavras-chave: Covid-19, Quilombo, Vulnerabilidade
Instituição de fomento: Outros
Unidade: IFCH
Área de estudo: Humanas







segunda-feira, 23 de novembro de 2020

O DESENVOLVIMENTO REGIONAL NO VALE DO RIBEIRA – SP. III Congresso de Projetos de Apoio à Permanência de Estudantes da Graduação - UNICAMP


III Congresso de Projetos de Apoio à Permanência de Estudantes da Graduação
SAE - Serviço de Apoio ao Estudante - UNICAMP


Projeto de Pesquisa
O DESENVOLVIMENTO REGIONAL NO VALE DO RIBEIRA – SP

Estudante: Jennifer Ribeiro da Silva
Orientador: José Maurício Arruti (IFCH-UNICAMP)



RESUMO
A região do Vale do Ribeira possui indicadores econômicos e sociais abaixo da média do estado de São Paulo, mas também é marcada por uma grande diversidade ecológica e cultural, concentrando o maior número de Unidades de Conservação e de comunidades remanescentes de quilombos do estado, além de comunidades caiçaras e indígenas. Desde a década de 1950, a região tem sido objeto de planos de desenvolvimento regional que, mais recentemente, também buscam contemplar os temas do meio ambiente e das comunidades tradicionais. Tais planos não foram, entretanto, capazes de tirar a região da situação de vulnerabilidade em que se encontrava e de promover medidas de bem-estar social para a população no geral. O estudo e mapeamento desses planos é fundamental para entender a atuação do estado frente à esta região e às comunidades tradicionais, além de inferir sobre o tipo de desenvolvimento que se pretende para aquele espaço. Sendo assim, o objetivo deste projeto é realizar a seleção, tabulação e análise de referências bibliográficas sobre o chamado “desenvolvimento regional” do Vale do Ribeira, com foco nas suas implicações sobre as comunidades tradicionais. Para isso, de agosto até o momento, a principal tarefa do projeto tem sido o levantamento de material para copilar informações acerca das políticas de desenvolvimento para a região realizadas no âmbito federal, estadual e municipal. Além disso, estão sendo levantados os projetos realizados pelos movimentos sociais e pelo setor privado ao longo do tempo. Esse mapeamento está sendo feito por meio de uma tabela, de modo a organizar e perceber a sobreposição (conflito, redundância ou sinergia) de tais planos e iniciativas dos três setores no tempo. A ideia é que a tabela e o levantamento das referências bibliográficas funcionem como um guia para que a comunidade em geral e do Vale do Ribeira possam acessar e conhecer melhor os planos de desenvolvimento que já foram e estão sendo realizados na região.

Palavras-chaves: Vale do Ribeira; desenvolvimento regional; comunidades tradicionais.
Modalidade Universitária: Pesquisa
Eixo Temático: Humanas
Tipo de Bolsa: Bolsa Auxílio-Social (BAS)

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Indígenas na universidade: um olhar comparativo sobre programas institucionais e vivências estudantis

Projeto Indígenas na universidade: um olhar comparativo sobre programas institucionais e vivências estudantis

Edital 03/2020, COMVEST/PRG/PRP “Pesquisas sobre ingresso, desenvolvimento e permanência na graduação”


Coordenador: prof. José Maurício Paiva Andion Arruti (IFCH/Unicamp)


RESUMO

Esta pesquisa tem por objetivo investigar os diversos efeitos produtivos que emergem dos conflitos de perspectiva instaurados pela entrada dos estudantes indígenas nas universidades. Neste sentido, tomamos a Universidade como uma “Zona de Contato”, isto é, um tipo de espaço social “onde culturas se encontram, chocam e lutam umas com as outras, muitas vezes em contexto de relação de poder altamente assimétricas, tais como o colonialismo, a escravidão, ou decorrentes delas" (Pratt, 1991: 34). Ao propor o conceito, Mary Louise Pratt acrescenta que o termo pode ser usado também e especificamente para “reconsiderar os modelos de comunidade nos quais muitos de nós confiamos para ensinar e teorizar e que está sendo desafiado hoje”. (idem) Neste sentido, a pesquisa pretende investigar os desafios postos à comunidade universitária pela entrada dos estudantes indígenas, assim como as respostas que vêm sendo dadas a eles, tanto por parte da universidade (gestão, docência e comunidade) quanto por parte dos jovens indígenas que nela ingressam, suas comunidades de origem e suas organizações político-intelectuais emergentes. Para isso, pesquisa pretende operar em diferentes contextos universitários e em diferentes escalas de definição desses desafios em cada um desses contextos.


JUSTIFICATIVA

Desde os anos 2000, e sobretudo a partir de 2012, com a Lei Federal 12.711/12, conhecida como “Lei de cotas”, as fortemente seletivas universidades públicas do país passaram a receber cada vez mais estudantes que tradicionalmente ficavam excluídos dessas instituições (Lloyd, 2016; Daflon, Feres Júnior e Campos, 2014). Se os programas de ação afirmativa destinados a estudantes de baixa renda, negros e pardos se realizam por meio de mecanismos de reservas de vagas ou de bonificação na pontuação do vestibular ou do ENEM , para possibilitar o acesso de estudantes indígenas, um número crescente de universidades organiza um processo seletivo distinto, exclusivamente direcionado a candidatos indígenas, tendo em vista as especificidades linguísticas e culturais desse público, já que muitos têm o português como segunda língua e frequentaram, no ensino básico, escolas indígenas diferenciadas (Paladino, 2012; Luciano, 2019; Souza Lima, 2016). 
 De acordo com a Sinopse Estatística da Educação Superior de 2018, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep, 2019), naquele ano estavam matriculados, em cursos presenciais e a distância de todo o país, um total de 15.450 indígenas em universidades públicas (municipais, estaduais e federais) e 42.256 em universidades privadas. Seguindo a experiência de outras universidades brasileiras, a Unicamp, que já contava desde 2004 com um sistema de bonificação no vestibular, aprovou em 2018 um programa mais amplo, onde coexistem mecanismos de bonificação, reserva de vagas (cotas) e um vestibular indígena (72 vagas foram abertas no primeiro ano e 96 no segundo). Diante da ampliação do acesso, é indispensável que, em um segundo momento do desenvolvimento das políticas de ações afirmativas, sejam realizadas pesquisas que ajudem a compreender os fatores que contribuem para a permanência e para o êxito acadêmico destes estudantes.
A maior parte das pesquisas sobre esta temática concentra-se na análise dos arranjos institucionais federais ou estaduais, sob a forma de estudos de caso de IES, o que resulta em uma série de retratos individualizados (Amado, 2016; Amaral et al. 2016; Dal’bo, 2010, 2018; Doebber, 2017; Jodas, 2012, 2019; Nascimento, 2016; Russo e Diniz, 2015; Ventura dos Santos, 2016; Vital, 2016). Fazem falta, entretanto, investimentos comparativos, tanto dos variados arranjos institucionais e dos dilemas enfrentados pelos gestores, quanto das experiências dos estudantes indígenas e das suas iniciativas de apropriação do espaço (físico e epistêmico) da universidade.


OBJETIVOS

A presente pesquisa busca lançar mão do acúmulo produzido por esses estudos de caso de duas formas: metodologicamente, como repertório de temas, problemas e objetos a partir do qual realizaremos o estudo de caso da própria UNICAMP; e teoricamente, como uma base de dados a partir da qual será possível uma análise comparada (em busca de correlações, padrões e lógicas) do conjunto disponível, assim como conjunto em relação ao qual situar a experiência da Unicamp.  Nossa estratégia de pesquisa implica uma postura comparativa desenvolvida em três escalas. No plano macro, nacional, mobilizaremos os dados oficiais do Censo da Educação Superior (CenSup) produzidos pelo INEP, investigando suas potencialidades, limites e padrões regionais. No plano meso, institucional, mobilizaremos os documentos disponibilizados por (e sobre) um conjunto selecionado de IES que adotaram mecanismos diferenciados para o acesso de estudantes indígenas, complementados por entrevistas com gestores destas IES. Finalmente, no plano micro, do trabalho de campo, mobilizaremos uma estratégia quali-quanti de abordagem da experiência dos estudantes indígenas da UNICAMP e de outras duas instituições paulistas (uma pública federal e outra privada estadual), por meio de um amplo survey e de um restrito conjunto de entrevistas aprofundadas. O jogo entre essas escalas (Revel, 1998) nos permitirá colocar sob o teste de diferentes configurações, o tema da Universidade como zona de contato (Clifford, 1997) ou espaço de mediação (Monteiro, 2006; Monteiro, Arruti e Pompa, 2011) entre diferentes formas de socialidade, de agenciamentos políticos e de matrizes epistemológicas.


PROJETOS PARCEIROS

A pesquisa está articulada a três projetos anteriores e independentes, mas que colaborarão de diferentes formas para a consecução dos objetivos aqui propostos. O projeto Fapesp "Estudantes indígenas na Unicamp e na UFSCar: experiências sob a lente da etnografia" (processo n. 2018/25259-0), o projeto CNPq “Fluxos indígenas entre sertão e metrópole: Estudo sobre território e população, cosmopolítica e mobilidade pankararu” (Produtividade em Pesquisa, processo n.309085/2017-9) e o projeto CARDIFF-UNICAMP 2020: “Indigenous School Education and Socio-Spatial Justice in Brazil”. 
O projeto CARDIFF-UNICAMP "Indigenous School Education and Socio-Spatial Justice in Brazil" aborda a educação primária em comunidades indígenas enquanto fenômeno de afirmação de identidade étnica, inclusão social e ferramenta de luta pelos direitos à terra e consiste em um estudo piloto nos estados brasileiros de São Paulo e Mato Grosso do Sul, que depois pretende ser expandido para a Amazônia e para o resto do país. O trabalho incluirá uma avaliação de todas as escolas indígenas nesses dois estados brasileiros por meio de dados secundários, para em seguida, focalizar as escolas Guarani-Kaiowa. O projeto conta com a colaboração da Faculdade Indígena Intercultural (FAIND / UFGD), além de professores e gerentes de escolas, famílias de estudantes, líderes comunitários indígenas e autoridades educacionais. Sua comunicação com o projeto apresentado está no compartilhamento de dados secundários sobre o fluxo entre escolas indígenas e IES com programas especiais para indígenas, assim como nos permite ter uma visão especialmente aprofundada de um dos estudos de caso que previmos, a UFGD. Além disso, como esta projeto também prevê a realização de entrevistas em profundidade em Mato Grosso, está prevista uma colaboração na produção dos roteiros dessas entrevistas e no compartilhamento dos seus resultados.
O projeto FAPESP "Estudantes indígenas na Unicamp e na UFSCar: experiências sob a lente da etnografia" tem por objetivo realizar um conjunto articulado de etnografias junto a estudantes indígenas inscritos em cursos regulares na Unicamp e na UFSCar, tendo em vista produzir subsídios para o desenvolvimento de ações que permitam uma inclusão bem sucedida de estudantes indígenas em universidades públicas, num momento em que esse desafio se impõe no cenário brasileiro. Neste sentido, o projeto funcionará como um observatório da situação dos estudantes indígenas, com uma equipe integralmente dedicada a apreender suas dificuldades, descobertas e desejos. Sua comunicação com o nosso projeto é bastante evidente, consistindo, de fato, em uma sobreposição parcial, como já exposto no próprio texto do projeto. Esta sobreposição ocorrerá no que tange às entrevistas de campo em duas universidades (UNICAMP E UFSCAR) e no compartilhamento de dados de pesquisa documental sobre outras quatro universidades.
O projeto CNPq "Fluxos indígenas entre sertão e metrópole: estudo sobre território e população, cosmopolítica e mobilidade pankararu" tem por objetivo investigar o fenômeno (de importância continental) da migração ou mobilidade indígena para as grandes cidades e as transformações cosmológicas, organizacionais e identitárias nele implicadas. Para isso, a pesquisa mobiliza uma metodologia mista, baseada na interdiciplinaridade entre Antropologia, História e a Demografia, articulando etnografia, história de vida/de famílias, assim como a realização de um censo demográfico participativo e um survey com universitários indígenas da PUCSP. Este último tópico está associado ao fato dos pankararu terem sido u grupo líder na conquista de um sistema de bolsas de estudos na PUCSP, conhecido como Programa Pindorama, que, desde 2001, tem recebido principalmente indígenas residentes em São Paulo. Sua comunicação com o nosso projeto diz respeito justamente à abordagem mais detida e comparada que estamos prevendo realizar sobre o Programa Pindorama como uma das 3 situações que serão colocadas em comparação desde um ponto de vista qualitativo.


EIXOS E OBJETIVOS ESPECÍFICOS


Eixo 1 - Dados oficiais: panorama nacional e configurações regionais

- Objetivo: Propor uma leitura sintética e contextualizada dos microdados e das Sinopses Estatísticas da Educação Superior em busca de distinguir características gerais da inserção indígena no ensino superior no Brasil, assim como configurações regionais. 
-Temas: Os dados disponíveis no CenSup estão organizados por temas e regiões (até a escala municipal) e fazem referência a instituições, recursos humanos, cursos de graduação presenciais ou a distância, processos seletivos, matrícula, concluintes. As variáveis relevantes serão selecionadas a partir da identificação de padrões de agregação que se mostrem pertinentes aos nossos objetivos. 
- Metodologia: A principal fonte de dados secundários mobilizada neste eixo é o de explorar as potencialidades e limites do CenSup (INEP) que, desde 1995, levanta informações sobre as Instituições de Ensino Superior (IES) de todo o país, os cursos ofertados por elas, e características de seus docentes e discentes. No bloco de perguntas referente aos estudantes, as variáveis permitem conhecer atributos como idade e raça/cor, bem como a forma de ingresso no curso e o tipo de instituição em que estão matriculados. Ainda, a comparação entre os censos de diferentes anos nos permite inferir tendências nas configurações destas IES e de seus respectivos estudantes. Avalia-se a utilização de outras fontes secundárias, tais como o Censo Escolar (INEP), anual, e o Censo Demográfico, de periodicidade decenal e levantado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para elaboração e proposição de um amplo painel sobre as diferentes configurações, nacional e regionais, da presença indígena nas universidades. Este panorama funciona, em nossa estratégia de pesquisa, como matriz de controle das comparações que serão propostas nos eixos seguintes. Neste tópico destaca-se a contribuição metodológica do projeto CARDIFF-UNICAMP 2020: “Indigenous School Education and Socio-Spatial Justice in Brazil”.
- Escopo: Nacional


 Eixo 2 - IES: comparação dos desenhos institucionais

- Objetivo: Produzir um banco de informações detalhadas sobre os programas de estímulo ao acesso e à permanência de indígenas de um grupo de 10 universidades, selecionadas segundo critérios de diversidade e importância dos programas.
- Temas: histórico de cada iniciativa; características gerais do público atendido (diversidade regional, étnica, de gênero, etária, cursos mais concorridos...); iniciativas de adaptação administrativas, espaciais, curriculares; efeitos não previstos em cada IES.
- Metodologia: consulta a documentos e sites institucionais, bibliografia acadêmica e entrevistas com gestores das universidades selecionadas. Vale notar que em muitas universidades as políticas direcionadas a indígenas têm uma história e um desenvolvimento inseparáveis daquelas destinadas a pretos, pardos e a estudantes de baixa renda. A pesquisa estará em diálogo (e também produzirá dados), portanto, sobre esse universo mais amplo de políticas de ação afirmativa em cada universidade. 
- Escopo: Considerando que no âmbito do projeto Fapesp acima mencionado serão produzidos dados sobre os temas acima descritos referentes à Unicamp, UFSCar, UFAM, UFRGS, UFGD e UFMG, selecionamos 4 outras universidades: a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Teremos, assim, um quadro descritivo dos programas de incentivo ao acesso e à permanência de indígenas em 10 universidades, além da Unicamp. As universidades foram eleitas levando em conta sua experiência com vestibular indígena, a diversidade regional das instituições, as redes de contato e apoio de pesquisadores. Neste tópico destaca-se a contribuição metodológica do projeto Fapesp "Estudantes indígenas na Unicamp e na UFSCar: experiências sob a lente da etnografia"


Eixo 3 - Estudantes: perfil, experiência, perspectivas 

- Objetivo: Analisar trajetória, experiências e percepções de indígenas no Ensino Superior, matriculados e egressos de  três universidades paulistas: Unicamp, PUC-SP e UFSCar.
- Metodologia: aplicação de survey a uma amostragem do total dos estudantes indígenas matriculados e dos egressos de cada universidade selecionada . Os temas a serem explorados e as perguntas que virão a constituir o survey serão elaborados a partir das análises preliminares dos eixos 1 e 2, e discutidos com pesquisadores convidados (destacadamente envolvidos com a questão na Unicamp) e estudantes indígenas convidados (destacadamente da Unicamp). Após a realização do Survey, será definido um conjunto menor de estudantes a serem entrevistados em profundidade, o que deve ser definido em função da eleição de temas e perfis revelados por meio do Survey e da consulta junto aos Pesquisadores Consultores. 
- Temas: experiências prévias à entrada na universidade; opção individual e/ou projeto coletivo (do povo/aldeia); expectativas e experiências sobre a relação entre formas/ tradições de conhecimento (científico e étnico); produção de espaços/territórios indígenas na universidade; formas de solidariedade e associação entre "parentes" na universidade; principais dificuldades de adaptação; inserção em pesquisas acadêmicas; principais aprendizagens e experiências positivas; relação com outros alunos/professores indígenas e não-indígenas; uso e avaliação das formas de apoio das IES; perspectivas pós-universidade.
- Escopo: estudantes indígenas matriculados e egressos da Unicamp, UFSCar e PUC-SP  que aceitarem participar da pesquisa. O número e perfil dos estudantes a serem abordados pelo Survey em cada IES devem ser orientados pela representatividade de gênero, etnia e curso do universo de alunos indígenas de cada universidade. O número e perfil dos estudantes a serem entrevistados (após a realização do survey) será determinado pela leitura oferecida pelo survey, com relação às questões qualitativas. Além da Unicamp, selecionamos a PUC-SP, pois esta universidade possui o pioneiro Projeto Pindorama, que assegura bolsas para indígenas residentes em São Paulo que ingressam na universidade desde 2001. A UFSCar foi selecionada por ser uma referência na realização de vestibulares indígenas, que ocorrem desde 2008. Foi também a primeira universidade a sediar o Encontro Nacional dos Estudantes Indígenas (ENEI) e manteve diálogo com a Unicamp durante todo o processo de implementação da política nesta universidade. Neste tópico destaca-se a contribuição metodológica do  projeto Fapesp (citado) e do projeto CNPq “Fluxos indígenas entre sertão e metrópole: Estudo sobre território e população, cosmopolítica e mobilidade pankararu”.


EQUIPE

Pesquisadoras:
  • Juliana Jodas - doutora em Ciências Sociais, IFCH, pesquisadora colaboradora;
  • Flávia Longo - doutora em Demografia, IFCH, pesquisadora colaboradora;
  • Fávia Guimarães - doutoranda em Antropologia, IFCH, pesquisadora colaboradora;
Bolsistas:
  • Rafael Rocha Novais - graduação em Ciências Sociais, IFCH, ingresso por cota, bolsa PIBIC;
  • Marcela Torres Nonato - graduação em Ciências Sociais, IFCH, ingresso pelo vestibular indígena, bolsa PIBIC;

quinta-feira, 26 de março de 2015

Defesa: Diretoria Geral dos índios e Índios na história: José Joaquim Machado de Oliveira (1844-1867)




UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
PPGH - Programa de Pós-Graduação em História

GABRIELA PIAI DE ASSIS
Diretoria Geral dos índios e Índios na história: José Joaquim Machado de Oliveira (1844-1867)
Mestrado em História

26 de março de 2015 – 14:00 horas

COMISSÃO JULGADORA:

TITULARES
Profa. Dra. Leila mezan Algranti - Orientadora - (IFCH/UNICAMP)
Prof. Dr. José Maurício Arruti - Co-Orientador - (IFCH/UNICAMP)
Profa. Dra. Josianne F

rancia Cerasoli - (IFCH/UNICAMP)
Profa. Dra. Vânia Maria Losada Moreira - (UFRRJ)

SUPLENTES
Prof. Dr. José Alves de Freitas Neto - (IFCH/UNICAMP)
Prof. Dr. Ludmila Gomides Freitas - (UFU)

RESUMO:
José Joaquim Machado de Oliveira desempenhou um interessante papel no Império. Foi militar de carreira, participando do planejamento em campos de batalha, desempenhou funções político-administrativas, como presidente das províncias do Pará, de Alagoas, do Espirito Santo e de Santa Catarina, e mandatos legislativos, como deputado geral do Rio Grande do Sul, deputado provincial da Assembleia Legislativa Paulista e vereador-presidente da Câmara Municipal paulistana. Após ocupar diversos cargos burocráticos, foi reformado pelo exército e assumiu cadeira de pesquisador no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro publicando uma série de estudos, dentre eles destacamos os sobre história indígena. Em 1845, se torna Diretor Geral dos Índios na província de São Paulo, função que utilizará suas experiências práticas e teóricas com objetivo de integrar o índio na sociedade nacional, ou pelo menos, tentar acabar com o empecilho ao desenvolvimento da sociedade que a presença indígena significava.
O livro Quadro histórico da província de São Paulo é o trabalho mais completo de José Joaquim Machado de Oliveira sobre a Província de São Paulo até o ano de 1822. Ele nos fornece as histórias do contato com as diversas tribos, assim como pistas sobre as justificativas para a permanência e o fim dos diversos aldeamentos na Província de São Paulo, além de refletir o emaranhar da teoria (história da província de São Paulo) e prática (administração dos índios) que moldou sua escrita. A análise do livro nos revela a forma pela qual a narrativa de Machado de Oliveira entrelaçou os fatos da história e o seu trabalho de administrador de índios. Ao diferenciar as primitivas aldeias do Período Colonial e fazer inserções sobre regiões e grupos que comporiam os aldeamentos da época em que foi Diretor Geral, Machado de Oliveira demarcou, pela narrativa histórica, o jeito de agir da nova nação, diferenciando o que foi feito na Colônia do que seria feito na época em que escrevia o livro. Esta dissertação destaca esta relação de circularidade entre a atuação burocrática e a atividade de pesquisa e escrita da história, investigando como os conceitos de tutela e de cidadania, de aldeã e de aldeamento, assim como de história e de etnologia foram sendo construídos historicamente.

terça-feira, 17 de março de 2015

Defesa: Trayectoria de la(s) memoria(s) Aikewara: del evento de la Guerrilla de Araguaia a la Comisión de Amnistía en el actual contexto de revisión de la dictadura brasileña


UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
INSTITUTO DE FILOSOFÍA E CIÊNCIAS HUMANAS
PPGAS - Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social

ANDREA PONCE GARCIA

Trayectoria de la(s) memoria(s) Aikewara: del evento de la Guerrilla de Araguaia a la Comisión de Amnistía en el actual contexto de revisión de la dictadura brasileña.
Mestrado em Antropologia Social

Dia 17/03/15 as 15 horas na Sala de Defesa de Tese

COMISSÃO JULGADORA:

TITULARES
Prof. Dr. Jose Mauricio Paiva Andion Arruti - Orientador - (IFCH/UNICAMP)
Profa. Dra. Artionka Manuela Goes Capiberibe - (IFCH/UNICAMP)
Prof. Dr. Stephen Grant Baines - (UNB)

SUPLENTES
Profa. Dra. Adriana Maria Villalon - (IFCH/UNICAMP)
Profa. Dra. Senilde Alcântara Guanaes - (UNILA)


RESUMEN:

El objetivo de este trabajo es problematizar varios de los aspectos que moldean las trayectorias que la(s) memoria(s) del pueblo Suruí Aikewara de la aldea Sororó (sudeste del estado de Pará, Brasil) han experimentado a partir de un episodio histórico particular: la represión a la Guerrilla de Araguaia (1972- 1975). Ejercicio que pretende dar cuenta de los mecanismos de accionamiento o apaciguamiento del silencio, conforme relatan su propia historia ­acerca de lo que experimentaron durante ese período comprendido en pleno contexto de la dictadura civil militar brasilera, pretendiendo evidenciar los encuentros-contactos que han debido establecer con diversos actores nacionales que, hoy en día, son responsables de las políticas de memoria en la dinámica transicional en este país, refiriéndonos principalmente a la Comisión Nacional de la Verdad (CNV) y Comisión de Amnistía (CA).
En este contexto político-moral, surgen varias interrogantes ¿Cómo los sujetos Aikewara, son afectados y afectan sus narrativas y aquellas otras pautadas por los gestores estatales sobre el evento de la guerrilla de Araguaia? ¿Qué es lo que conecta la "memoria controlada" en un tiempo pasado, con la reciente producción de procesos que los movilizan a re-contar los hechos sobre los cuales se presumía no deseaban más rememorar?
La presencia y agencia de este pueblo indígena en este evento los ha colocado historiográficamente en un lugar inestable, donde a veces son considerados las víctimas y en otras ocasiones, los victimarios, su “papel” en este episodio particular de la historia nacional está siempre en constante negociación. Por lo que, las actuales dinámicas narrativas y evocación pública de experiencias compartidas que han sido activados principalmente por las nuevas generaciones en la aldea son relevantes para reflexionar en torno de una posible materialización de la memoria que parte de un diferente entendimiento de reparación: de índole colectiva y que insiste en la regularización territorial.

Palabras clave: Militares, Suruí Aikewara, memoria, violencia

quarta-feira, 7 de março de 2012

Coorientações na PUC-Rio

Doutorado 

- Kalyla Maroun  (Educação PUC-Rio)
Projeto “Corporalidade e educação diferenciada – currículo e práticas culturais em contextos comunitários negros rurais e urbanos”.
Orientador: Isabel Lilis

Previsão de defesa: 2013

Mestrado 

- Suely Noronha  (Educação PUC-Rio)
Projeto "O processo de produção das diretrizes estaduais para educação quilombola na Bahia"
Orientador: Vera Candau

Previsão de defesa: 2013

.

Orientações na PUC-Rio (2007-2011)



Doutorado 

- Eunápio Dutra do Carmo 
(Educação DINTER PUC-Rio/UEPA) 
2010. “O Território Educa  E Politiza Na (S): Os Processos Sócio-Culturais Da Comunidade Nova Vida E As Dinâmicas De Expansão Industrial Em Barcarena ”

  Tese em PDF

- Antônio Jorge Paraense da Paixão 
(Educação DINTER PUC-Rio/UEPA) 
2010. “Interculturalidade E Política Na Educação Escolar Indígena Da Aldeia Teko Haw  (Tembé, Rio Gurupi, Paragominas – PA)”.

  Tese em PDF 


Mestrado 


- Vladimir Zamorano Alves  (Educação PUC-Rio) 
2010. “Antiga Escola da Marambaia: História e 
memória de uma experiência do ensino industrial da pesca (Rio de Janeiro, 1939 – 1970)”.
  Dissertação em PDF 

- Márcia Correa e Castro  (Educação PUC-Rio) 
2011. “Enunciar Democracia e Realizar o Mercado - Políticas de Tecnologia na Educação até o Proinfo Integrado (1973-2007)”.

  Dissertação em PDF


Graduação 

- Roberto Castro de Lucena  (História PUC-Rio)
2011."Acoçados: Luta Infinda, Resistência Incessante (a comunidade de Sacopã / RJ)". Monografia de fim de curso.


Iniciação Científica


- 2011/2008 - Ediléia de Carvalho Souza (Pedagogia - PIBIC/CNPq)
         Relatório em PDF (Destaques de IC PUC-Rio 2011 - Menção Honrosa)

- 2011/2010 - Alainaldo Onofre Cardoso (Pedagogia - FAPERJ)
         Relatório em PDF

- 2011 - Alessandra Pereira (Ciências Sociais - PIBIC/CNPq)
         Relatório em PDF 

- 2011 - Camila de Souza Ferreira (Literatura - PIBIC/CNPq)
         Relatório em PDF

- 2011 - Pedro Portella (Pedagogia - FAPERJ)
         Relatório em PDF 

- 2011 - Rodolfo da Silveira (Geografia - FAPERJ)
         Sem Relatório

- 2010/2009 - Caroline Bárbara Castelo Branco Reis  (História - FAPERJ)
         Relatório em PDF

- 2009/2008 - Paula Lannes Noronha dos Santos (Direito - FAPERJ)
         Relatório em PDF

- 2007 - Thiago Trindade de Oliveira  (Pedagogia - PIBIC/CNPq) 
         Relatório em PDF  

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