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terça-feira, 10 de dezembro de 2013
V Jornada de Estudos sobre Etnicidade da UFPE
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Os Direitos dos Quilombos e o Dever do Estado Brasileiro: Analises Dos 25 Anos da Constituição Federal
PROGRAMAÇÃO
MESA DE ABERTURA DO SEMINÁRIO
Local: Auditório do IC4 (Centro de Educação). Data:
12/12/13, das 14 às 15 horas.
Coordenação: Osvaldo Martins de Oliveira (UFES)
- Paulo Magalhães (Coordenador do PGCS-UFES)
- Representante da CONAQ.
- Carmen Sílvia Rial (UFSC - Presidente da ABA)
SESSÃO 1 - 12/12/2013, das 15 as 17:40 hs, no Auditório do IC4(Centro de Educação).
PROCESSOS DE EXPROPRIAÇÃO DE TERRITÓRIOS, CONFLITOS E DEMARCADORES DE IDENTIDADES: ESTUDOS DE SITUAÇÕES LOCAIS E REGIONAIS
Coordenação: Sandro José da Silva (UFES)
01. BANDEIRA BRANCA EM PAU FORTE: CONSIDERAÇÕES SOBRE SER
COMUNIDADE QUILOMBOLA NO MEIO URBANO, O CASO DO QUILOMBLÉ URBANO DE MANZO
NGUNZO KAIANGO - Carlos Eduardo Marques (UniCamp e NUQ/UFMG)
02. QUILOMBOS SUL-MATO-GROSSENSES, DOS PRIMÓRDIOS A
CONTEMPORANEIDADE – Carlos Alexandre dos Santos (UnB).
03. QUILOMBOS E
MOCAMBOS: AS “TERRAS DE PRETO" DO MARANHÃO E A DIVERSIDADE DE TERRITORIALIDADES ESPECÍFICAS - Cynthia Carvalho
Martins (UEMA), Patrícia
Nunes Portela (UEMA) e Davi
Pereira Júnior (UEMA).
04. TERRITORIALIZAÇÃO E REFLEXIVIDADE CULTURAL: OS QUILOMBOS
E O URBANO NO RIO DE JANEIRO - José
Maurício Arruti (Unicamp)
SESSÃO 2 - 12/12/2013, das 18:30 as 22 horas, no Auditório do IC2 (Centro de Ciências Humanas
e Naturais).
OS MOVIMENTOS DOS QUILOMBOS PELO DIREITO AO TERRITÓRIO E AS RESPOSTAS DO ESTADO: ANÁLISES AVALIATIVAS
Coordenação: Osvaldo Martins de Oliveira (UFES)
05. DIÁSPORAS AFRICANAS E DIREITOS TERRITORIAIS: AS VÁRIAS
DIMENSÕES DO QUILOMBO NO BRASIL. Ilka Boaventura Leite (UFSC)
06. QUANTOS DIQUES
DEVEM SER ROMPIDOS:
INSTÂNCIAS DE DECISÃO
E ENTRAVES AO PROCESSO
DE RECONHECIMENTO E
REGULARIZAÇÃO DE TERRITÓRIOS
QUILOMBOLAS. - Aderval Costa Filho (UFMG)
07. OS RELATÓRIOS ANTROPOLÓGICOS E O RECONHECIMENTO DE
DIREITOS CONSTITUCIONAIS. - Eliane Cantarino O’Dwyer (UFF)
08. OS DIREITOS DOS QUILOMBOS E AS AÇÕES DO
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. - Leandro
Mitidieri Figueiredo e Walquíria Picoli (Procuradores do Ministério Público
Federal).
SESSÃO 3 – 13/12/2013, das 09 às 12 horas, na sala 9 do IC2
(Centro de CiênciasHumanas e Naturais).
OS QUILOMBOS NO ESPÍRITO SANTO E OS DEMARCADORES DE IDENTIDADES: ESTUDOS DE SITUAÇÕES LOCAIS E REGIONAIS
Coordenação:Cleyde Amorim (UFES)
09. QUILOMBOS NO ESPÍRITO SANTO:ATORES POSICIONADOS,
IDENTIDADES E CONFLITOS TERRITORIAIS. - Osvaldo Martins de Oliveira (UFES).
10. ENTRE “TAPUIAS” E “CALHAMBOLAS”: CONFLITO E
TERRITORIALIDADE NEGRA E CAMPONESA DO SAPÊ DO NORTE-ES. - Simone Raquel Batista
(UFES)
11.À SOMBRA DA NAÇÃO: A IMAGINAÇÃO DO DIREITO QUILOMBOLA NO
CONTEXTO CAPIXABA. - Sandro José da Silva (UFES)
12. O QUILOMBO DE MUQUI E O CAXAMBU DA FAMÍLIA ROSA. - Aissa
Guimarães (UFES) e Clair de Moura Júnior (PGA-UFES)
13. OS QUILOMBOS E O CAMPO DA EDUCAÇÃO: DESAFIOS E
PERSPECTIVAS. - Patrícia Gomes Rufino (PPGE/UFES).
SESSÃO 4 - 13/12/2013, das 14 as 18:00 horas, na sala 9 do
IC2.
OS DIREITOS DOS QUILOMBOS: CONTEXTO NACIONAL E SITUAÇÕES LOCAIS
Coordenação:Aderval Costa Filho (UFMG)
14. COMUNIDADES QUILOMBOLAS E O DIREITO: LIMITES NO DIÁLOGO
INTERCULTURAL. - Cíntia Beatriz Muller (UFBA)
15. O CENÁRIO QUILOMBOLA EM GOIÁS: IDENTIDADES E TERRITÓRIOS.
- Alex Ratts (PPGAS/UFG, PPGEO/UFG e PPGG/UFC), Vinicius Gomes de Aguiar
(PPGEO/UFG) e Paula Acotirene Florindo da Silva (PPGAS e PPGEO/UFG).
16. O QUILOMBO DOS KALUNGAS. - Cleyde Amorim (UFES)
17. QUILOMBOS E PATRIMÔNIO CULTURAL: ANÁLISES COMPARATIVAS
ENTRE DOIS CASOS. – Luiz Henrique Rodrigues (CSO-UFES) e Larissa Albuquerque
Silva (CSO-UFES).
PARTICIPANTES NÃO PRESENCIAIS COM TEXTOS ENVIADOS:
18. Negros do norte de Minas: Expropriados, excluídos,
criminalizados e construtores de si como sujeitos de direitos constitucionais. -
João Batista de Almeida (UniMontes, MG).
19. As Comunidades Remanescentes de Quilombos Urbanas. - Ana
Paula C de Carvalho (UFRB).
COMISSÃO ORGANIZADORA
- Osvaldo Martins de Oliveira (UFES, Comitê Quilombos/ABA,
Projeto Jongos e Caxambus, coordenador)
- Aderval Costa Filho (UFMG, Comitê Quilombos/ABA -
vice-coordenador)
- Sandro José da Silva (UFES, Comitê Quilombos/ABA, NEAB e
Projeto Jongos e Caxambus).
- Aissa Afonso Guimarães (UFES, NEAB e Projeto Jongos e
Caxambus).
- Cleyde Amorim (Ufes-NEAB)
- Patrícia Gomes Rufino (Ufes/NEAB e Projeto Jongos e
Caxambus)
- Rosana de Miranda Henrique (Ufes-Projeto Jongos e
Caxambus)
- Larissa de Albuquerque Silva (Ufes-Projeto Jongos e Caxambus)
- Luiz Henrique Rodrigues (Ufes-Projeto Jongos e Caxambus)
- Clair de Moura Júnior (Ufes-Projeto Jongos e Caxambus)
COMISSÃO DE APOIO
- Rosana de Miranda Henrique
- Larissa de Albuquerque Silva
- Rodolfo Cafeseiro
- Cátia Milli
- Rosa Maria de Oliveira
- Jamille Pereira
- Jane Seviriano Siqueira
- Piedra Pollo
- Marinéia Vargas
- José Elias Rosa dos Santos
sábado, 7 de dezembro de 2013
Observatório dos Conflitos Rurais no Estado de São Paulo
Acaba de ser aprovado pela PREAC - Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários da UNICAMP, o projeto de extensão Observatório dos Conflitos Rurais no Estado de São Paulo, proposto pelo CERES e composto pela equipe: Fernando Antônio Lourenço (Coordenador), José Mauricio Arruti (Co-coordenador), Gabriel Pereira da Silva Teixeira, Ellen Gallerani Corrêa, Rosemeire Salata, Cassius Marcelus Cruz, Tiago Rodrigues Santos, Aline Yuri Hasegawa, Leonardo Ferreira Reis, Pedro Vilas Boas.
O Observatório dos Conflitos Rurais no Estado de São Paulo parte da constatação de que a configuração
agrária/fundiária do estado de São Paulo coloca para os analistas e
pesquisadores do mundo rural um cenário em que persiste uma diversidade de
conflitos e violações de direitos, desde a utilização de força de trabalho sob
condições análogas à escravidão, até a reprodução de relações políticas
autoritárias e baseadas na predileção e no clientelismo.
Segundo dados
oferecidos pelo Atlas da Questão Agrária (GIRARDI, 2008), em 2003, São Paulo
era o estado da região Sudeste com a maior concentração fundiária, com um
índice de Gini médio de 0,744, valor que indica uma concentração de terras
média/forte. Souza (2013) mensura o mesmo índice em 0,900 para os anos
recentes, indicando um aumento da concentração de terras para todo o estado. Os
índices para todas as regiões do estado podem ser consultados na tabela abaixo.
Decorrem de
tal concentração fundiária diversos embates pela manutenção e posse da terra,
onde movimentos sociais de pequenos produtores, sem terras, quilombolas e
assalariados despontam como atores relevantes. Não à toa, regiões como o Oeste
Paulista são campeãs de conflitos envolvendo proprietários e não proprietários
de terra (BOLETINS DATA LUTA, 2013).
Em termos
produtivos, predominam no estado dinâmicas baseadas nas grandes propriedades
modernas e tecnificadas, como nas culturas da laranja, da cana de açúcar e do
algodão. Dados da Secretaria de Agricultura de São Paulo estimam que mais de
60% do solo ocupado no estado respondem à agropecuária, e que mais de 50% deste
valor guarda relação com a agricultura patronal, moderna e tecnificada.
É neste campo
de análises que situamos nossa proposta de pesquisa e extensão, buscando atentar para a
diversidade de atores e projetos políticos em disputa nos espaços rurais do
estado de São Paulo, contribuindo para a ampliação do conhecimento acerca das
distintas formas de organização das populações rurais, das suas principais
formas de mobilização e exercício político e, consequentemente, apontando as
especificidades culturais e de identidade dos respectivos grupos sociais. Para
tanto, o acompanhamento dos conflitos rurais figura como objeto privilegiado de
pesquisa e investigação que permitirá desenvolver análises e reflexões sobre os
sujeitos e as dinâmicas econômicas e políticas em andamento no âmbito estadual
que ameaçam (e contrapõem) grupos sociais.
Serão
prioritariamente investigadas e analisadas a partir da constituição do
Observatório dos Conflitos Rurais no Estado de São Paulo:
1) às
reconfigurações da colheita das culturas da cana de açúcar e da laranja na
região da Alta Mogiana/Ribeirão Preto;
2) às
comunidades tradicionais na região do Vale do Ribeira e
3) às pequenas
propriedades na região do Oeste Paulista.
Os objetivos
específicos da proposta podem ser organizados em 2 grandes eixos. O primeiro
relaciona-se à problemática dos conflitos rurais e o segundo vincula-se à
promoção da discussão sobre os conflitos rurais e a produção de subsídios que
contribuam para a elaboração de estratégias públicas de intervenção nestas
realidades.
No que diz
respeito à problemática de pesquisa, o Observatório dos Conflitos Rurais no
Estado de São Paulo pretende:
a) identificar
os principais contextos de conflitos rurais no estado;
b)
sistematizar os conflitos quanto a sua natureza, atores envolvidos e local de
ocorrência, possibilitando maior compreensão do mundo rural na sua atualidade,
suas dinâmicas sociais e as mudanças recentes;
c) mapear os
sujeitos políticos: o que pensam, como agem e o que reivindicam;
d) como as
instituições de representação política oficiais (sindicatos, Executivos,
Judiciário) se comportam nestes contextos e
e) identificar
as arenas de resolução de conflitos utilizadas pelos respectivos sujeitos (como
audiências públicas, ocupações de propriedades, greves, processos no Judiciário
etc.).
Sobre a promoção da discussão
acerca dos conflitos e a produção de informações que sirvam como subsídios para
a formulação de estratégias públicas de intervenção, o Observatório dos
Conflitos Rurais no Estado de São Paulo tem como objetivos específicos:
a) ampliar e
fortalecer a discussão acadêmica sobre os principais conflitos rurais no
interior do estado de São Paulo;
b) dar
visibilidade aos conflitos pesquisados no âmbito da academia, dos sindicatos,
movimentos sociais e organizações da sociedade civil;
c) produzir e
disponibilizar materiais, para consulta das entidades participantes do projeto
e demais segmentos da sociedade, sobre as principais dinâmicas rurais
conflitivas do estado, potencializando a atuação destas instituições na
garantia de cumprimento dos direitos dos povos do campo;
d) estabelecer
forte interlocução da Universidade, em especial do Instituto de Filosofia e
Ciências Humanas (IFCH), com as entidades participantes do projeto através do
intercâmbio de informações e experiências.
Para garantir
o cumprimento dos objetivos específicos pretendemos realizar:
a) a produção
de um site que armazenará os dados produzidos (boletins periódicos,
clippings/dossiês e sistematização das principais noticias locais/regionais
sobre os conflitos rurais no interior paulista;
b) a elaboração
de cartografias dos diversos conflitos, também a ser hospedada no referido
site;
c) a realização
de seminários com o objetivo de trazer os respectivos atores para discussões
internas à universidade, publicizando seus pontos de vista e seus projetos para
os espaços rurais paulistas;
d) a elaboração
e distribuição de cartilhas para os diversos segmentos da sociedade civil
(sindicatos, movimentos sociais e órgãos públicos) com sínteses dos principais
dados produzidos ao longo das atividades de pesquisa do projeto.
Para ver o blog do projeto, clique aqui.
Para ver o blog do projeto, clique aqui.
>> Eventos relacionados.
domingo, 1 de dezembro de 2013
Dez anos do Decreto 4887: dos efeitos de uma política de reconhecimento sobre o campo acadêmico (I)
Na elaboração de um balanço dos dez anos do artigo 4887 não poderia ficar de fora uma reflexão, mesmo que sucinta, sobre os efeitos desta política de reconhecimento sobre o próprio campo acadêmico. Tema que nos remete ao terreno crítico da relação entre produção científica e produção política, entre formação dos campos e problemas científicos e a formação da Nação, que coloca a em cheque a confortável crença na distância suposta entre classificações sociais, conceitos científicos e categoriais jurídico-administrativas. Todos problemas para os quais o tema do reconhecimento das comunidades quilombolas no Brasil (mas também no resto da América Latina sob outras designações) nos servem de matéria prima excepcional; e nos quais vale a pena inserir o nosso balanço sobre os 25 anos do artigo 68 e os dez anos do decreto 4887.
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