quinta-feira, 26 de março de 2015

Defesa: Diretoria Geral dos índios e Índios na história: José Joaquim Machado de Oliveira (1844-1867)




UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
PPGH - Programa de Pós-Graduação em História

GABRIELA PIAI DE ASSIS
Diretoria Geral dos índios e Índios na história: José Joaquim Machado de Oliveira (1844-1867)
Mestrado em História

26 de março de 2015 – 14:00 horas

COMISSÃO JULGADORA:

TITULARES
Profa. Dra. Leila mezan Algranti - Orientadora - (IFCH/UNICAMP)
Prof. Dr. José Maurício Arruti - Co-Orientador - (IFCH/UNICAMP)
Profa. Dra. Josianne F

rancia Cerasoli - (IFCH/UNICAMP)
Profa. Dra. Vânia Maria Losada Moreira - (UFRRJ)

SUPLENTES
Prof. Dr. José Alves de Freitas Neto - (IFCH/UNICAMP)
Prof. Dr. Ludmila Gomides Freitas - (UFU)

RESUMO:
José Joaquim Machado de Oliveira desempenhou um interessante papel no Império. Foi militar de carreira, participando do planejamento em campos de batalha, desempenhou funções político-administrativas, como presidente das províncias do Pará, de Alagoas, do Espirito Santo e de Santa Catarina, e mandatos legislativos, como deputado geral do Rio Grande do Sul, deputado provincial da Assembleia Legislativa Paulista e vereador-presidente da Câmara Municipal paulistana. Após ocupar diversos cargos burocráticos, foi reformado pelo exército e assumiu cadeira de pesquisador no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro publicando uma série de estudos, dentre eles destacamos os sobre história indígena. Em 1845, se torna Diretor Geral dos Índios na província de São Paulo, função que utilizará suas experiências práticas e teóricas com objetivo de integrar o índio na sociedade nacional, ou pelo menos, tentar acabar com o empecilho ao desenvolvimento da sociedade que a presença indígena significava.
O livro Quadro histórico da província de São Paulo é o trabalho mais completo de José Joaquim Machado de Oliveira sobre a Província de São Paulo até o ano de 1822. Ele nos fornece as histórias do contato com as diversas tribos, assim como pistas sobre as justificativas para a permanência e o fim dos diversos aldeamentos na Província de São Paulo, além de refletir o emaranhar da teoria (história da província de São Paulo) e prática (administração dos índios) que moldou sua escrita. A análise do livro nos revela a forma pela qual a narrativa de Machado de Oliveira entrelaçou os fatos da história e o seu trabalho de administrador de índios. Ao diferenciar as primitivas aldeias do Período Colonial e fazer inserções sobre regiões e grupos que comporiam os aldeamentos da época em que foi Diretor Geral, Machado de Oliveira demarcou, pela narrativa histórica, o jeito de agir da nova nação, diferenciando o que foi feito na Colônia do que seria feito na época em que escrevia o livro. Esta dissertação destaca esta relação de circularidade entre a atuação burocrática e a atividade de pesquisa e escrita da história, investigando como os conceitos de tutela e de cidadania, de aldeã e de aldeamento, assim como de história e de etnologia foram sendo construídos historicamente.

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